urgências 24 horas | T. 916 128 849

Leishmaniose Canina

azul

O QUE É A LEISHMANIOSE?

A Leishmaniose, é uma doença provocada por um protozoário (parasita microscópico) do género Leishmania, que infecta canídeos e ocasionalmente o gato e roedores. Além disso é uma zoonose, ou seja, pode infectar o Homem (principalmente indivíduos imunodeprimidos).É uma doença crónica debilitante, que, caso não seja acompanhada pelo Médico Veterinário, pode levar à morte do nosso melhor amigo.

“Em Portugal, existem duas formas da doença: a visceral e a cutânea, sendo a visceral a forma mais grave e a que se encontra mais disseminada pelo território nacional.”

Esta doença pode ocorrer em canídeos de qualquer idade, raça ou sexo, no entanto, as infecções sintomáticas são mais comuns a partir dos nove meses de idade.

COMO SE TRANSMITE?

A transmissão, ocorre através da picada de um mosquito da familia Phlebotomidae, como tal, o canídeo só fica infectado  em zonas onde existem estes mosquitos e a transmissão ocorre principalmente durante os meses quentes (de Março a Outubro).  O Homem só pode ficar infectado, quando picado pelo mosquito.

Mosquito (Phlebotomus sp.)

1 – A fêmea do mosquito ingere sangue de um vertebrado infectado, ingerindo também o parasita.

2 – Depois de ingerido, o parasita multiplica-se no trato gastrointestinal do mosquito.

3 – Quando se volta a alimentar noutro hospedeiro, o mosquito, inocula o parasita  na corrente sanguínea. Caso este não seja eliminado pelo sistema imunitário, o animal (ou o Homem) fica infectado.

QUAIS OS SINTOMAS?

É importante referir que a Leishmaniose pode ser assintomática, ou seja, cães infectados podem não apresentar sinais de doença.Nos casos sintomáticos, existem lesões ao nível de vários órgãos, já que a Leishmania tem a capacidade de se distribuir por todos os sistemas. Assim, animais com lesões de pele, hiperqueratose nasal e/ou digital, queda anormal de pêlo, crescimento excessivo das unhas, perda progressiva de peso, apetite diminuído, intolerância ao exercício, depressão, problemas oculares, corrimentos nasais, diarreia, vómitos ou animais que bebam muita água e urinem em demasia, devem ser levados ao veterinário para despiste da Leishmaniose.

SE O CÃO NÃO APRESENTA SINTOMAS, DEVE FAZER O DESPISTE DA LEISHMANIOSE?

Sim, deve-se fazer o despiste da Leishmaniose, especialmente durante o Outono ou Inverno, uma vez que o animal pode ter sido infectado durante a Primavera ou Verão anteriores.

Os cães que habitem em zonas de mosquitos (como por exemplo, perto de rios ou lagoas) e/ou que passem a noite ao ar livre, estão mais sujeitos às picadas, como tal devem ser considerados animais de risco e devem fazer, pelo menos, um controlo anual.

O despiste da Leishmaniose é muito importante, devido às suas características zoonóticas. Além disso é uma doença que tem um período de incubação variável, mas que pode chegar aos sete anos.

Se esta patologia for detectada numa fase assintomática (diagnóstico precoce), o controlo pode ser bastante eficaz e conseguimos dar ao nosso amigo uma vida com qualidade, durante vários anos.

“A Leishmaniose canina, actualmente, ainda não tem cura comprovada, no entanto pode ser encarada como uma doença crónica, perfeitamente controlável.”

COMO SE TRATA A LEISHMANIOSE?

A Leishmaniose Humana, é facilmente tratada, quando diagnosticada a tempo, por outro lado, a Leishmaniose Canina, ainda não tem cura definitiva, no entanto, longe vão os tempos em que Leishmaniose era sinónimo de eutanásia.Os animais doentes, devem ser sujeitos a um tratamento médico, instituído pelo veterinário. Este tratamento, apesar de não eliminar o parasita, impede a sua multiplicação e melhora a qualidade de vida do animal de estimação.

As recomendações do veterinário devem ser seguidas, de modo a tentar prevenir recaídas.

COMO SE PREVINE A LEISHMANIOSE?

Como esta doença se transmite pela picada de um mosquito, é essencial proteger o nosso fiel companheiro durante as horas críticas (quando o mosquito se alimenta), ou seja, durante o final da tarde, noite e princípio da manhã. Assim deve-se evitar manter os cães ao ar livre durante estes períodos do dia, principalmente nos meses quentes.

No caso do animal pernoitar num canil, este deve ser protegido por redes mosquiteiras, repelentes e/ou insecticidas. Existem coleiras e pipetas “spot on” repelentes que ajudam a impedir as picadas do mosquito, actuando também contra pulgas e carraças. Felizmente, já está também disponível uma vacina contra a Leishmaniose, bem como uma prevenção oral. Para mais informações aconselhe-se com o seu médico veterinário.

Não se esqueça que a Leishmaniose é uma realidade em todo o território nacional, que pode matar o nosso melhor amigo e contaminar o ser humano. Além disso o nosso cão pode estar infectado, sem apresentar sintomas.  

Para qualquer esclarecimento adicional, é favor contactar o corpo clínico da VetPóvoa.